06/01/2009

Dia mundial do beijo molhado

Veja só o que aconteceu! Você ouviu eu falar de cães da última vez? De pessoas que adotam cães? Pois é. Me aconteceu uma que eu tenho que contar. Meu pai recebeu uma mensagem de uma menina de 19 anos, estudante de jornalismo. Adivinha o que ela queria? Saber se ele conhecia alguma organização de adestramento de cães-guia em São Paulo! Sabe o que isso quer dizer? Que é uma coisa muito legal adotar cães adestrados para guias de deficientes visuais como eu.

Bom, não serve pra mim não, porque eu precisaria de um cachorro grande o suficiente para me carregar nas costas, porque não sei andar. Quer dizer, andar eu sei, mas meus pés ficaram atrofiados e eu não tenho equilíbrio por causa de alguns fiozinhos que se estragaram dentro de minha cabeça. Defeito de fabricação.

Mas tudo bem, eu sou feliz mesmo assim. E até conheci um cachorro, o Max. Ele era um boxer bem grandão que ficava na casa de minha nova avó (essa que ainda vou ganhar na história que estou contando, mas agora eu já adianto isso).

Um dia eu estava lá belo e folgado, deitado numa dessas cadeiras perto da piscina e ninguém nem aí comigo. Todo mundo no maior papo, e sabe o que aconteceu? Quando perceberam, eu estava dando gargalhadas!

É que o Max, quando me viu (acho que foi a primeira vez que ele me viu e eu devia ter uns 5 ou 6 anos), subiu na cadeira, colocou duas patas de cada lado de mim e começou a lamber meu rosto.

Você já foi lambido por um boxer enorme, cheio de pelancas na cara e dentes que parecem um serrote? Pois é. Como eu não podia enxergar, mas só sentir, achei o máximo. Quase morri de tanto rir. Pena que veio todo mundo gritando, "Passa Max! Passa Max!" e o Max saiu correndo.

Que gente chata! O que será que eles queriam que o Max passasse? Bom, como ele já tinha lavado todo o meu rosto com sua baba, acho que esperavam que ele fizesse o serviço completo: lavar e passar. Deve ter sido isso...

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