17/02/2011

Depende do ponto de vista

Meu pai anda super ocupado e meu blog fica às moscas. Ou seria às traças? Tudo bem, você entendeu o que eu quis dizer. Eu sei que ele está sempre correndo de lá para cá, que para atender seus compromissos está fazendo das tripas coração. Só me preocupa se ele fizer do coração tripas. Aí a coisa enrosca.

angry, grr


Mas tudo bem, eu vou ajudando do jeito que posso. Aliás, eu ajudo um bocado nesta família, pois se não fosse por mim, já pensou que vida chata eles levariam? Meu pai não teria assunto para escrever este blog maneiro. Eu sou sua inspiração.

Minha irmã não teria escrito seu livro, não teria nem visto a cor do dinheiro da venda dos livros, do prêmio que recebeu do COFEN, do Troféu Fumagalli... Ela só se esqueceu de que eu, como tema principal, tenho direito a 50%. Ou seria mais?

A vida é assim. Tem pessoas que fazem as coisas e são vistas. Outras, como eu, trabalham nos bastidores, influenciando vidas. Tenho certeza de que tem um montão de gente por aí como eu, influenciando vidas. Veja que bonito isto que meu pai recebeu em um e-mail:

Certa vez li uma história de um grupo de judeus que fugiam dos nazistas. Eles precisavam transpor uma montanha e com eles iam os enfermos, os velhos e as crianças. Muitos idosos acabaram se prostrando à beira do caminho dizendo: "Não passamos de um fardo; sigam sem nós".

Porém os outros lhes disseram:  "As mães precisam de um descanso. Então, ao invés de vocês ficarem aí sentados para morrer, por que não carregam os bebês o tempo que puderem carregar?"

Assim que aqueles idosos sentiram os bebês aninhados em seus seios e começaram a caminhar, fizeram todo o caminho até o outro lado da montanha. Eles lhes deram uma razão para viver. - Ruby Dee

Alguém contou para meu pai de um filme, "A lenda do pianista do mar", que é muito interessante. Principalmente em um diálogo, onde a criança, nascida em um navio, deduz o significado da palavra orfanato. É ali que encontro muito do significado de vida de pessoas como eu, que parecem — só parecem — improdutivas e com uma vida sem sentido, porém fazem todo o sentido do mundo pela influência que têm em outros.

É isso, tudo depende de que ponto de vista você olha. No filme, acho que a criança diz algo mais ou menos assim para sua visão de orfanato: "Um lugar onde as crianças entretêm adultos sem filhos". No filme o garotinho se chama "1900", que é o ano em que nasceu. Eu me chamaria "1982". Como ficaria meu nome por extenso? "Quinze de Abril de 1982".

Fui...

2 comentários:

sandra disse...

que pena seu blog esta mesmo esquecido pelo seu pai

Eci Meira disse...

Ola Pedro! Eu tinha quase certeza que eu tinha vindo aqui para falar sobre este post.Mas acho que só comoartilhei do seu pai. De qualquer forma, ele voltou para cuidar de seu Blog ne? Então perdoa ele ta bom. Eu vou agora no outro ler e partilhar. La eu falo mais um pouquinho..pera ai!

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