13/12/2010

Medroso! Medroso! Medroso!...

Meu pai é um medroso. Só pode ser. Perder uma oportunidade dessas?! Ah, eu conto, sim, vou contar, quero contar! Sabe o que? Que meu pai foi dar uma palestra em Foz do Iguaçu e encontrou lá o Osmar Santos expondo seus quadros. Encontrou é modo de dizer. Sabe o que aconteceu? Nada.


26/11/2010

Vida agridoce

Estou de volta. Não sem deixar à mostra as marcas dos pedaços, porque é assim que a gente faz. Vai juntando os pedacinhos, reconstruindo, passando uma colinha aqui, uma fita crepe ali, um cimentinho acolá... É um monta e desmonta, porque a vida é agridoce.
wink

09/11/2010

Um dia diferente

O dia 16 de fevereiro de 2005, foi diferente. Um dia desses que ficam bem marcadinhos na memória da gente, um dia de alegria e tristeza. Foi nesse dia que vovó fez a viagem que ela mais queria e aguardava com alegria. Foi nesse dia que uma triste saudade nos invadiu, mesmo sabendo que não seria um "adeus", mas um "até breve". Foi nesse dia que a vovó foi para o céu.

25/10/2010

Invalidez

Geralmente pessoas como eu são chamadas de inválidas. Mas o que é um inválido? Alguém que não vale nada? Ou alguém que não vale para certas coisas, mas vale para outras? Bem, neste sentido somos todos inválidos, porque sempre temos algum tipo de deficiência. Meu pai encontrou um texto muito bom sobre invalidez e vou deixar ele postar aqui. É, de vez em quando eu faço algum favor para ele...

20/10/2010

Agora tenho uma marca pessoal


Você tem uma marca? Eu tenho. Ganhei esta semana e agora estou parecendo até produto de luxo, desses que têm marca. Bem, mas não é exatamente a marca que você está pensando...

02/10/2010

Quantas estrelas existem? E qual o nome delas?

Até parece brincadeira perguntar isso, não é mesmo? Mas estou falando sério. Você não é um que quer ter respostas para tudo? Eu também, então vamos tentar responder esta. Mas lembre-se: a resposta deve incluir também o nome de cada estrelinha que pisca lá em cima. E as que não piscam também.

19/09/2010

Afinal, quem adotou quem?!

Se você conhece minha história, não se impressione não. Existe muita gente como eu por aí, quero dizer, crianças que nasceram com algum defeito de fabricação e foram adotados por alguém. Quer ver? Então leia a matéria da Claudete de Oliveira no site Saci. Agora, para entender o título, você vai ter que ler aqui até o fim.

07/09/2010

Os desapontamentos da vida

Hoje decidi colocar uma mensagem diferente. Talvez não seja para você, que está com tudo em cima, numa boa, com muito dinheiro no bolso e saúde pra dar e vender. Mas pode servir para aquele que está de luto, num leito de hospital ou tendo que aprender a pilotar uma cadeira de rodas, que precisa reaprender a viver sozinho em um lar desfeito, solteira com um bebê na barriga e nenhum saldo no banco... Oras, você sabe muito bem o que tem de gente sofrendo por aí. Tem um bocado de gente amarrotada por aí.

26/08/2010

Estou triste de tao contente que estou

Minha irmã ganhou mais um bebê há três meses. Com dois meninos em casa eu acho que agora só faltam 9 para ela completar um time de futebol. A menos que também queira providenciar técnico, massagista, juiz e o time adversário... Para comemorar vou republicar aqui o que escrevi há alguns anos, quando ela se casou e eu fiquei triste e contente ao mesmo tempo.

29/07/2010

Duas noticias: uma boa, outra ruim

Oi gente, estou de volta com duas notícias: uma boa, outra ruim. Demorei para voltar aqui, né? Reclame com meu pai. Já estou até pensando em contratar outro redator, menos ocupado. Mas, tudo bem, desta vez passa.

24/07/2010

Ideias malucas

É bacana como a Internet ajuda as pessoas a se encontrarem e compartilharem experiências semelhantes. Acho que isso até anima alguns, encoraja outros e dá idéias malucas para mais outros, como a de adotar alguém. Malucas mas excelentes, pois se não fosse assim onde eu estaria agora?

19/07/2010

E se nao existisse dor?

Já pensou que legal? Você poderia cair à vontade, se cortar, fazer qualquer coisa e nem sentiria qualquer dor. Dores de cabeça? Nada disso. Dor de dente? Pode esquecer. Sem dor a vida seria uma maravilha, não é?

14/07/2010

Um é pouco, 2 é bom, 26 é um milagre

Quer dizer que você acha grande coisa alguém ter adotado uma criança especial como eu? Oras, isso não é nada. Café pequeno. Quer saber mesmo o que é adotar crianças? Então quero apresentar a você Rosemary J. Gwaltney e seus vinte e seis filhos.

09/07/2010

Penso, logo... envio e-mail!

Se você já passou por aquela experiência de enviar um e-mail sem pensar, fique sabendo que agora é possível enviar e-mail só pensando. Não acredita? Então leia a notícia.

05/07/2010

Dia dos paes

Não é dia dos pães de padeiro não. É dia dos pães, e vou explicar que pães são esses. Tem Dia dos Namorados, Dia dos Pais, Dia das Mães, Dia das Crianças, Dia do Professor, Dia do Médico, Dia do Aviador, Dia do Dentista, Dia do Músico, Dia das Bruxas. Puxa! Tem até Dia das Bruxas e não tem Dia dos Pães? Pois então acabo de decretar o Dia dos Pães!

01/07/2010

Mouse de olho

Pois é, gente. Inventaram um mouse diferente, para ser usado com o olho e especialmente indicado para portadores de tetraplegia e outras lesões que impedem os movimentos. Foi um brasileiro quem inventou o tal mouse para o olho.

29/06/2010

Traidor! Traidor!

Outro dia meu pai apareceu com um montão de presentes. Tudo roupa - camisetas, camisa Polo e uma calça de moletom. Como ele é super mão-de-vaca, aproveitou que estava em um supermercado para jogar no carrinho tudo o que estava em liquidação. Até aí tudo bem, eu até me sujeito a vestir etiqueta marca SS - Saldão de Supermercado. Mas traição, isso não!

25/06/2010

Sozinho

Eu me lembro da noite em que dormi só. Meu irmão tinha se mudado para onde trabalhava para evitar viagens. Ele viajava todos os dias e o trânsito estava ficando perigoso demais. Então alugou um apartamento e levou suas coisas para lá. A partir daquele dia o quarto ficou sendo só meu e dormi só.

20/06/2010

Cof! Atchim! Prrrrruuuuuu....!

Gente, que tosse! Há mais de uma semana estou tossindo assim, "Cóf! Cóf! Cóf!". Também pudera, com esse ar seco não há pulmão que resista. O meu deve ter um quilo de poeira preso lá. Ganhei até um presente por conta disso!

15/06/2010

Exemplo de super-ação

"Na verdade, cheguei até aqui porque tenho algo que muitos deficientes não têm: apoio da família. Sempre me ensinaram a não supervalorizar minhas limitações e explorar minhas capacidades". Sabe quem disse isso? O Eduardo Purper. Mas quem é o Eduardo afinal?

10/06/2010

Sera que morri e ninguem me avisou?

Meu pai levou um susto hoje quando abriu sua caixa de e-mail. Até agora já são quatro mensagens que deixaram ele com um big de um ponto de interrogação na cabeça. Será que é por isso que ele está tomando meu pulso de cinco em cinco minutos?!!


06/06/2010

Quando I Bambini Fanno Oh!

Meu pai voltava de São Paulo escutando a Rádio Antena 1 quando tocou uma música italiana. Ele ficou tão encantado que não tirou mais a música da cabeça. Depois que chegou em casa ficou procurando na Internet, e nada. O jeito foi mandar um e-mail para a rádio.

03/06/2010

Personal coach

Não sei o que meu pai faria sem mim. Agora inventou mais uma: me contratou para personal coach. Chique, né? De vez em quando ele costuma fazer caminhada. Bem, vamos ser honestos: de vez em nunca. A caminhada dele é igual ao regime, sempre promete começar na próxima semana. Agora que a prefeitura construiu um local para caminhadas, ele já ficou sem uma de suas desculpas.

24/05/2010

Os melhores corredores do mundo

Tenho um palpite de quais atletas serão os melhores em corrida nas próximas Olimpíadas. Vai por mim, eu entendo dessas coisas. Quando saírem os resultados dos melhores tempos, os que correram mais serão os homens. Verdade, e isso não é machismo não, muito pelo contrário.

20/05/2010

O governo! O governo!

Quando meu pai passeia pelos comentários deixados em meu blog e também em outros blogs de portadores de deficiência ou sobre adoção, ele encontra um certo padrão. Geralmente são pessoas que contam ter o mesmo problema e que é bom saberem que há outros passando pelas mesmas dificuldades.

16/05/2010

Aplicativo iPhone para pessoas especiais

Meu pai ainda não tem um iPhone porque ele morre de medo do escorpião que carrega no bolso. Mas bem que ele gostaria de ter um, mas se eu bem conheço meu pai isso só vai acontecer no dia em que o iPhone estiver obsoleto.

12/05/2010

Som na cabeca

Foi por um triz. Adoro ouvir música, se deixarem fico o dia todo. Mas não sou tão fanático assim que queira levar alguns quilos de som na cabeça. Foi o que quase aconteceu com essa minha mania de agarrar as coisas.

10/05/2010

Um poema de amor

Hoje o que vai ler não fui eu quem escreveu (nem meu pai, o que dá no mesmo). É o texto de uma mãe para seu filho, adotivo como eu. Discutir se mãe é quem tem ou quem cria é que nem a história do ovo e da galinha. Eu acho que mãe é aquela que é... MÃE!

03/05/2010

Amputados vencedores

Meu pai foi fazer uma palestra em Aracaju e reencontrou um amigo que conheceu há alguns anos em Londrina. O nome dele é Flávio Peralta e ele estava lá com sua esposa Jane. Quem é o Flávio?

14/04/2010

Paraolimpiadas

Você já deve ter ouvido falar nas paraolimpíadas, que muita gente acha até mais significativas do que as próprias olimpíadas. É que ali sempre é quebrado o maior dos recordes: a superação de obstáculos que são muito mais visíveis e próximos de nós em nosso dia-a-dia.

09/04/2010

Portadores de Deficiência na CBN

Meu pai estava viajando e ouviu no rádio uma entrevista da CBN sobre portadores de deficiências. Muito legal a entrevista conduzida por Carlos Sardenberg.
wink

Já foram ao ar duas entrevistas sobre o tema, uma com Steven Dubner, presidente da Associação Desportiva para Deficientes (ADD) e outra com Paulo Eduardo Chieffi, o Pauê, que teve as duas pernas amputadas em um acidente e pratica triatlon e surfe.

Uma informação interessante é que já são mais de 25 milhões de brasileiros portadores de algum tipo de deficiência, o que, segundo um dos entrevistados, cria um universo de 125 milhões de pessoas entre portadores e familiares. Já pensou o mercado que existe para isso? Produtos dirigidos a portadores de deficiência que poderiam facilitar suas vidas e de seus familiares?

Como o Brasil tem 179 milhões de habitantes, estamos falando em 70% da população do país em contato direto com os problemas relacionados a deficiência. São parentes e amigos próximos que convivem todos os dias com as dificuldades que temos de nos locomover, enxergar, ouvir, comer ou trabalhar. Foi legal um dos entrevistados dizer que os verdadeiros merecedores de prêmios olímpicos são aqueles que saem de cadeira de rodas todos os dias para uma corrida de obstáculos até o trabalho.

Agora vou dizer uma coisa: Eu não acredito que apenas 30% da população esteja construindo calçadas com degraus, deixando carros sobre calçadas ou estacionando em vagas para deficientes, instalando orelhões que machucam cegos*, caçoando ou negligenciando e sentindo-se alheio a tudo isso. Você acredita?

*P.S. Os orelhões têm grande dimensão na altura do rosto, porém apenas um cano para sustentá-los na área onde normalmente a bengala do cego procura por obstáculos. Por isso há muitos acidentes, pois quando a bengala não detecta o cano, o cego bate com o rosto no orelhão.

04/04/2010

Xiiii... xi-xi...

Na última vez eu contei de meu café da manhã e depois fui para o escritório sentar em minha poltrona predileta. Eu disse também que de duas em duas horas alguém em casa me lembra de ir ao banheiro fazer xixi, não disse? Depois não diga que eu não disse...

Pois é, esta semana aconteceu um acidente. Lá estava eu belo e folgado em minha poltrona, ouvindo a Diana Krall em seu piano - não sabe quem é? nem eu! - depois que a babá foi embora, Papai jantou, e a vida corria normalmente, enquanto debaixo de mim meu xixi escorria normalmente. Acontece que, depois da "troca da guarda", quando a babá sai e meu pai fica, ele pensou que ela já tivesse me colocado no banheiro. Eu fiquei na minha, bem quietinho.

Há alguns anos eu só uso fraldas descartáveis para dormir, porque às vezes sonho com Foz do Iguaçu que nunca conheci, mas sei que tem água à beça. Minha irmã me treinou para ficar só de cueca e moletom ou bermudas o resto do dia, e mesmo quando alguém se esquece de me mandar para o banheiro, na maioria das vezes vou sozinho ou começo a reclamar.

Desta vez fiquei quietinho, só para ver se meu pai lembrava, e ele não lembrou. O resultado foi aquela bronca! Papai precisou limpar a poltrona com um montão de produtos enquanto eu ia para o trono. Bronca, bronca, bronca. Do banheiro à cama, sem direito a cafuné ou palavras doces de "boa noite, Pedro!"

Tudo bem, pode parecer meio cruel, mas foi assim que eu aprendi muitas coisas, com disciplina. Disciplina é amor, é cuidado, é preocupação com a pessoa que amamos. Até a Bíblia ensina isso:

"Filho meu, não desprezes a correção do SENHOR, E não desmaies quando por ele fores repreendido; Porque o Senhor corrige o que ama, E açoita a qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos." Hebreus 12:5-8

Infelizmente tem muitos pais que estão deixando para a TV educar seus filhos, mas eu e meus irmãos nem TV tivemos durante a infância, só quando já éramos adolescentes. Para mim não fez falta nenhuma, pois não consigo enxergar, e meus irmãos desenvolveram uma sede incrível pela leitura.

Surpreso? Oras, existe vida além da televisão e é possível sobreviver sem, desde que os pais estejam sempre criando atividades que compensem.

26/02/2010

Pedro vai trabalhar

Rê, rê! Brincadeira. Meu trabalho é ficar escutando música o dia inteiro. Você leu o que escrevi antes? Quando eu parei, eu estava no banheiro, recém acordado e a meio caminho entre o vaso e a pia. Vamos continuar? Então venha comigo.

Vou engatinhando até a pia depois de me ajudarem a vestir minha cueca e as calças e fico em pé sozinho segurando na pia. Aí quem estiver comigo lava meu rosto, assoa meu nariz, faz minha higiene bucal e penteia meu cabelo. Fico lindão!

Mas tem que ser tudo nessa ordem, porque sou muito sistemático. Acho que tem a ver com uns restinhos de autismo que moram dentro de mim. Da pia para o chão, basta um escorregão!

Meu destino agora é a copa, onde o pão me espera. O pão aqui vai encontrar o pão ali. (rsrsrs) Para ficar em pé na cozinha, eu segurava na maçaneta da porta, enquanto alguém a mantinha aberta, ficava em pé e me sentava numa cadeira giratória, dessas de rodinhas, estratégicamente posicionada. Aí era só alguém me empurrar até a mesa. Finalmente meu pai tomou vergonha na cara e instalou uma barrinha na parede da copa. Já não preciso segurar na maçaneta da porta.

Tudo isso eu estou explicando para mostrar que, mesmo sem poder andar, não sou um peso para ninguém. Tudo é calculado para eu ter sempre onde me segurar quando preciso ficar em pé ou me sentar em algum lugar. Insistiram comigo desde o começo para eu não acabar atrofiado. O melhor exercício é o da necessidade do dia-a-dia. Mais tarde ninguém em casa vai me culpar por estar sofrendo da coluna de tanto me carregar.

Na mesa basta colocar um pão na minha mão e eu como. Como e também esfarelo para todo lado! Depois, chão de novo, engatinhar e o destino é o escritório de meu pai, onde ele colocou uma super poltrona ao lado de sua mesa. Então começa meu trabalho.

Que trabalho eu faço? Bem, eu sou fiscal de música. Fico analisando cada música que toca e geralmente é jazz ou instrumental suave, pois ele diz que o gênero distrai sem distrair. Como meu pai é palestrante e viaja muito, às vezes eu fico em outro lugar, mas é só ele chegar para eu estar pronto para prestar meus serviços de controle jazzistico de qualidade.

22/02/2010

Bom dia, Pedro!

Meus dias são muito parecidos. Gosto de rotina. Acho que em casos como o meu, a rotina dá segurança. Fazer sempre as mesmas coisas, ir sempre pelo mesmo caminho, ter horário para tudo. Sou feliz assim, metódico. Até na hora de acordar, comer ou dormir gosto de tudo igual. Sou enjoado, né?

Acordo com um "Bom dia, Pedro!" lá pelas sete. A essa hora meu pai já está no segundo café, porque é bem madrugador. Quando me chamam, jogo as cobertas para o lado e saio engatinhando, pois minha cama fica na altura do piso para evitar acidentes.

As cobertas são as minhas e alguma da cama ao lado. É que eu aprendi a puxar as cobertas de meu irmão quando ele dormia ali e eu acabava dormindo duas vezes mais quentinho do que ele. Coitado, ele nem reclamava. Agora ele mora bem longe de mim, mas não acho que foi por isso...

Engatinho até o banheiro, seguro numa barrinha presa na parede e fico em pé. Bem, ficar em pé é modo de dizer, porque minhas pernas não esticam muito por causa de uma atrofia dos tendões. Mas é o suficiente para alguém tirar minha calça e a fralda descartável e me ajudar a sentar no vaso.

É ali que trazem meu leite de soja com chocolate para eu tomar no canudinho. Tomo o leite sentado no trono porque nessa hora costumo demorar. Não fico lendo jornal não, pois nem sei ler! É que gosto de fazer as coisas bem feitinhas.

Quando faço o número 2, alguém precisa me limpar com papel e depois lavar meu bumbum no bidê. Se o estrago não foi muito grande, então, além do papel higiênico, aqueles lencinhos umedecidos já resolvem. O pessoal aqui já adquiriu uma boa técnica, mas levou um bom tempo até descobrirem que passar o lencinho umedecido segurando-o com um pedaço de papel evita ficar com a mão fedida.

Se fizer só o número 1, então colocam de novo minha calça, mas sem a fralda, porque minha irmã me ensinou a segurar o xixi até eu engatinhar até o banheiro mais próximo. Ela ensinou também o resto a família a se lembrar de me levar ao banheiro a cada duas horas. Quando eles se esquecem, eu também me esqueço. Azar deles; quem manda esquecer?

18/02/2010

Discriminacao benigna

Quando minha avó encontrava alguém que não falava português ela começava a falar bem alto, achando que a pessoa ia ouvir. Aí meu avô precisava intervir: "Ruth, não precisa gritar que ela não é surda, ela só não fala português".

Já ouviu falar de discriminação benigna? Nem eu, inventei agora. Mas acho que existe uma discriminação benigna, isto é, pessoas que não entendem os portadores de necessidades especiais e os discriminam, mas com boa intenção. Querem só ajudar.

Quem me vê acha que em casa sou carregado de um lado para o outro. Não sou. Eu engatinho, por isso ninguém precisa me carregar. Meu pai colocou barrinhas nas paredes nos banheiros e na copa para eu ficar de pé. Eu engatinho até elas, porque já decorei onde estão, fico de joelhos, agarro a barrinha e fico em pé. Aí eu consigo tirar a calça e a cueca e sentar no vaso sanitário segurando na barrinha só com uma mão.

- Manhê! Veja, sem uma mão!

Faço o mesmo para me sentar na cadeira de banho e na cadeira da copa para almoçar, só que neste caso eu não tiro a calça, é óbvio. Também sei me sentar sozinho na cadeira de rodas, mas quando o assunto é cadeira eu preciso que alguém a coloque na posição, ou acabo sentado no chão. Da cadeira de rodas eu consigo segurar na porta aberta do carro, ficar em pé e sentar no assento.

Eu também sei fazer outras coisas, como segurar meu copo de plástico para beber água, ou a colher para comer de um prato fundo. Sei assoar o nariz (alguém precisa tapar uma narina para mim), e também consigo subir e descer de sofás e poltronas. Tomar banho, vestir a roupa, limpar o bumbum... bem, aí sim eu preciso que alguém faça tudo isso para mim.

Acho que muitos portadores de deficiência teriam uma vida melhor se fossem menos paparicados pelos pais. Alguns morrem de dó do filho e nem tentam descobrir se ele é capaz de fazer alguma coisa. Outros sabem que o filho é capaz, mas preferem fazer porque o filho demora muito. Não estão ajudando nem um pouco...

Mas eu falava da discriminação benigna, que são pessoas que tratam deficientes como se fossem inúteis inválidos, mas com boa intenção. Uma moça, que é paraplégica e cadeirante escreveu para este blog, contou que quando vai ao restaurante com a mãe o garçom só fala com a mãe, nunca com ela.

- O que a menina vai comer? A menina vai beber alguma coisa? A menina terminou?

Tirando o problema das pernas, ela é uma pessoa inteligente e capaz, mas o garçom acha que qualquer pessoa numa cadeira de rodas é um vegetal. E tem gente que acha que cadeirante é mendigo. Vou explicar.

Estou até preocupado de meu pai decidir parar de trabalhar e ganhar a vida às minhas custas. É que ontem estávamos no supermercado e ele se afastou um pouco para pegar umas coisas. Eu fiquei sozinho em minha cadeira de rodas, mas de longe meu pai estava de olho em mim.

Ele viu quando uma velhinha se aproximou de mim, abriu a bolsa, tirou uma moeda e colocou na minha mão. Depois foi embora. Meu pai viu tudo, mas achou melhor não interferir. Tenho um palpite de que ele vai arranjar um chapéu e me levar para a praça. Só falta!

15/02/2010

Nick Vujicic

Conforme prometi, aqui está uma palestra de Nick Vujicic para você se inspirar. Nick nasceu sem braços e pernas, mas isso não o impede de agarrar as oportunidades e de caminhar mais longe do que muita gente que deixa a vida inteira suas pernas saudáveis penduradas no sofá.

PARTE 1



PARTE 2



PARTE 3

14/02/2010

The Butterfly Circus

Meu pai recebeu um email de uma amiga indicando um filme para ele assistir. O filme é "O Circo da Borboleta", estrelado por Nick Vujicic, que nasceu sem braços e pernas. Talvez você fique com pena do personagem do filme ou ache a idéia de ele aparecer na tela um pouco deprimente. Quer saber? É melhor assistir o filme.

Se você já passou da lição do "the book is on the table" talvez entenda o áudio original em inglês. Se preferir, o filme também tem legendas em espanhol. O que? Também não entende espanhol? Que nada, você entende sim. Quando você vê o Brasil jogando contra a Argentina não entende tudo? Então vai entender a legenda também.


Se quiser saber mais sobre a vida de Nick Vujicic, visite Life Without Limbs. Veja também os vídeos que vou publicar aqui na próxima vez.

08/02/2010

Vovo'

Quando minha avó ainda vivia, meu pai costumava levá-la ao hospital fazer exames. Ela já estava com mais de setenta anos e as coisas iam ficando cada vez mais difíceis com a saúde e com a idade. Você é jovem? Então preste muita atenção no que vou dizer.

Na Bíblia há um trecho muito bonito que fala da juventude. Está no capítulo 12 do livro de Eclesiastes e diz assim: 

"LEMBRA-TE também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento;

"Antes que se escureçam o sol, e a luz, e a lua, e as estrelas, e tornem a vir as nuvens depois da chuva;

"No dia em que tremerem os guardas da casa, e se encurvarem os homens fortes, e cessarem os moedores, por já serem poucos, e se escurecerem os que olham pelas janelas; 

"E as portas da rua se fecharem por causa do baixo ruído da moedura, e se levantar à voz das aves, e todas as filhas da música se abaterem.

"Como também quando temerem o que é alto, e houver espantos no caminho, e florescer a amendoeira, e o gafanhoto for um peso, e perecer o apetite; porque o homem se vai à sua casa eterna, e os pranteadores andarão rodeando pela praça;

"Antes que se rompa o cordão de prata, e se quebre o copo de ouro, e se despedace o cântaro junto à fonte, e se quebre a roda junto ao poço, E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu".  

Meu pai percebia tudo isso, enquanto acompanhava vovó pelos corredores do hospital. Quando a velhice vem, já não existe tanta vontade de fazer as coisas, ou contentamento. As mãos – os guardas da casa – estão trêmulas, as pernas – os homens fortes – se encurvaram e os dentes que restam já não moem como antes, enquanto os olhos – os que olham pelas janelas – já não vêem tão bem.

Este é o fim de todos nós, mas os jovens – principalmente os jovens – nem sempre entendem isso. Jovens são apressados, cheios de energia, têm grandes planos pela frente. E o vovô e a vovó? Bem, para caminhar ao lado deles é preciso diminuir o passo. Falar mais alto para que ouçam. Ter paciência para ouvir as histórias repetidas.

Acho que é isso: paciência! Pessoas idosas são como brinquedos com a pilha fraca. Elas vão diminuindo, diminuindo até pararem de vez. Você é jovem e tem alguma pessoa idosa em casa? Então tenha paciência. Diminua seu passo para acompanhar os passos dela. Converse das coisas que ela gosta de conversar. Experimente fazer isso, porque um dia alguém vai fazer o mesmo com você. Ou pelo menos você espera que façam. Seria bom, não é mesmo?


Vovó, Mamãe com Açúcar
GABRIELA NASCIMENTO SPADA E SOUZA

O livro traz fotos e frases que vão construindo, aos poucos, um gostoso bilhete de amor. Que vovó não vai se deliciar e se emocionar com tantas recordações? É uma homenagem para todas as avós do mundo. Nunca é tarde para mostrar a enorme admiração que elas despertam na gente.


04/02/2010

Uma luta pela vida

Decidi dar uma palhinha aqui da nova edição do livro "Uma luta pela vida" escrito por minha irmã. O livro estava esgotado, mas agora apareceu de novo e pode ser comprado pela Internet. Se você ler o livro, nem vai precisar mais vir aqui para ler minha história... Estou brincando, claro!
Uma Luta Pela Vida
Lia Persona

O vôo 3805 proveniente de Brasília chegava no horário previsto e preparava-se para pousar. Do andar superior do aeroporto eu podia ver as luzes do avião se aproximando rapidamente. Com apenas seis anos de idade, esticava o quanto podia meu corpinho para enxergar melhor. Lembro-me de como as janelas do avião pareciam incrivelmente pequenas da distância onde eu me encontrava. Tive uma impressão ruim. Minha mente infantil tentava imaginar como seria possível alguém viajar dentro de um avião que parecia ser tão pequeno. Fiquei preocupada só de pensar no tamanho do irmão que meus pais diziam que eu estava prestes a ganhar. Seria do tamanho de minha boneca Barbie?

Senti um certo alívio quando o vi pela primeira vez alguns minutos mais tarde, saindo pelo portão de desembarque. Vinha nos braços de uma mulher que não me era estranha. Ela já tinha nos visitado em outras ocasiões, mas sua chegada nunca fora cercada de tanta expectativ. Maria parecia não precisar fazer muita força para manter aquele corpoinho franzino aninhado em seus braços. Se não fosse pela tosse constante, ele passaria desapercebido. Não pesava mais do que uma bolsa. Pequena.

Maria era a pessoa certa para trazer Pedro. Tinha uma experiência de vida bem peculiar. Adotara oito crianças, algumas com problemas de saúde. Tirou-o do local onde estava, cuidou dele o sufciente para aguentar uma viagem e o trouxe em segurança para nós.

Arregalei meus olhos o máximo que pude. Não queria perder um detalhe sequer daquele primeiro momento. Captei cada particularidade do corpo daquela criança que era passada para os braços da minha mãe. Ela não precisou carregá-lo nove meses antes de nascer. Estava carregando agora pela primeira vez. Um menino de quatro anos. Achei que ele não combinava com minha mãe. Não parecia ser seu filho.

Tudo era diferente nele. Diferente da aparência de meu irmão biológico Lucas e da minha. Seu cabelo volumoso, cacheado e escuro não se parecia em nada com os nossos poucos fios descorados e escorridos. Nem que eu ficasse um ano inteiro tomando sol não conseguiria ficar com a pele tão morena quanto a dele. Maria contou que ele era descendente de negros e índios. Imaginei seus avós caçando com arco e flecha como nos desenhos que eu pintava na escola no Dia do Índio.

Não tive tempo de prosseguir com minhas imaginações. Saímos rapidamente do aeroporto noite adentro andando em direção ao carro no estacionamento. Pedro precisava descansar. Cada vez que ouvia sua tosse, meu coração acelerava. Fiquei assustada com seu estado. Parecia estar muito doente.

Aquele momento ainda permanece em minha memória. Acalentado, embalado, com todo o cuidado, dia após dia, não por saudosismo ou melancolia. Simplesmente por carinho e respeito. Essas coisas a gente não esquece facilmente. Aquela noite mudou minha vida.

Na verdade, mudou a vida de toda minha família e também a vida daquele que chegou numa cegonha a jato. Chegou para ficar. Foi o dia em que um novo começo foi traçado e todo meu futuro mudou. Tomou um novo caminho, um novo rumo. Muito do que sou hoje devo àquilo que considero como uma das melhores experiências que já me ocorreu. Recebi de presente uma lição de vida real, que estaria sempre ali, bem diante de meus olhos e de onde iria tirar inspiração para cada dia, para todos os que meu futuro ainda me reserve. 

(continua no livro...)

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Uma Luta Pela Vida - Lia Persona

Em uma "Luta pela Vida" Lia Persona compartilha suas emoções e memórias como irmã e enfermeira de seu irmão adotivo portador de paralisia cerebral. A autora intercala seu passado com seu presente; história com realidade; a luta de seu irmão pela vida, com a luta de seus pacientes por suas vidas.

Concorrendo com mais de 650 obras inscritas, esse romance baseado em fatos reais, foi vencedor do Concurso Literário Anjos de Branco e escolhido por uma comissão formada pelos escritores Antonio Olinto, José Louzeiro e Arnaldo Niskier da Academia Brasileira de Letras. A primeira edição de "Uma Luta pela Vida" foi publicada como parte da Coleção Anjos de Branco que inclui os autores Antonio Olinto, José Louzeiro, Helena Parente Cunha, Carlos Nejar, Arnaldo Niskier, Marcos Santarrita, Patch Adams e Maureen Mylander.

Lia persona é enfermeira formada pela Unicamp e atualmente reside com seu marido e seu filho nos Estados Unidos. Se estiver interessado em entrar em contato com a autora envie seu email para nurselia@yahoo.com.br

30/01/2010

Cegonhas na Amazonia

Você não vai acreditar! Sabe essas coincidências incríveis que só acontecem uma vez na vida. Pois é, foi o que aconteceu. Se você leu minha história neste blog desde o começo ou leu o livro que minha irmã escreveu deve ter lido sobre a Maria. Quem é Maria?
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Bem, Maria era a amiga de meus pais que me descobriu abandonado num barraco em uma favela numa cidade no interior de Goiás. Minha avó, que cuidava de mim, tinha morrido e minha mãe natural não estava lá muito em condições de cuidar. Quando Maria contou para meus pais adotivos (é, eu adotei eles! Ah! Ah!) da minha situação, esta minha nova história começou.

Meus novos pais moravam em São Paulo e deram uma procuração para Maria e seu esposo Jaime cuidarem de representá-los diante do juiz da cidade onde eu estava. Isso foi em 1986, há muito tempo. Meus pais mudaram algumas vezes desde então, e seus amigos Maria e Jaime também. Acabaram perdendo contato e nunca mais se encontraram.

Quando o livro de minha irmã, "Uma luta pela vida", foi publicado, meu pai tentou localizar Maria e Jaime de todas as maneiras, mas não conseguiu. Ele queria enviar um livro para eles, já que Maria era citada em suas páginas. Isso foi em 2003. Não deu, então meu pai esqueceu. Mas sem esquecê-los.

Acontece que meu pai é palestrante, entre outras coisas, e semana passada fez uma palestra em Macapá, no Amapá. Lá em cima do mapa, em plena Amazônia, onde o Brasil vai ficando cada vez mais bonito até acabar em Oiapoque. Os organizadores do evento distribuíram pela cidade outdoors com a foto e o nome de meu pai bem grandes e...

Isso mesmo! Maria e Jaime estavam passando por Macapá a caminho de Oiapoque quando viram aquela carona enorme de meu pai olhando e sorrindo para eles do outdoor. Eles não acreditavam no que viam. Naquela noite puderam se encontrar na palestra e matar as saudades. Agora o livro de minha irmã vai indo pelo correio para o endereço deles que foram como uma segunda cegonha para mim. Não se assuste, eu não acredito em cegonhas. Mas que foram, isso foram!



Laços de Ternura: Compreendendo os Pais Adotivos
Luiz Schettini Filho


A adoção de filhos traz em si extraordinárias gratificações pessoais, como também apresenta algumas dificuldades peculiares. Aqui, o autor completa o trabalho que começou em Compreendendo o filho adotivo (já na 3ª edição) e aborda o tema do ponto de vista dos pais adotivos.
Trata-se de uma análise simples e objetiva de aspectos subjetivos e, no mais das vezes, complexos, da decisão de adotar.


Luiz Schettini Filho dedica-se ao acompanhamento psicoterápico de pais e filhos, desenvolvendo estudos e pesquisas sobre a psicologia da criança e do adolescente, que resultaram na publicação de 12 livros.

22/01/2010

Quem faz a diferenca

O que passa pela cabeça de uma jovem de 24 anos? Bem, talvez a primeira coisa que a gente pense é que ela está preocupada só com seus estudos, com namoro, esportes ou coisas assim, né? Mas tem muitas meninas e meninos por aí que vão um pouco além. Muito além.
wink

É o caso de alguém que deixou um comentário em meu blog. Ela é estudante, tem 24 anos e está terminando o curso de fisioterapia. Sabe com o que ela está preocupada? Sim, com sua profissão, com sua carreira, com tudo o que uma jovem assim se preocuparia, mas também está querendo fazer uma diferença ajudando quem precisa ser ajudado. Veja o que ela escreveu:



Trabalho em um hospital pediátrico onde há um bebê de 1 ano e 7 meses – chamamos bebê por que ela é muito pequenininha. Ela foi internada por causa de uma pneumonia e ficou na UTI um tempão, onde eu a conheci. Chegou ao hospital anêmica, desidratada, desnutrida, super mal, sem cuidado.

Apesar de sua idade, ela não consegue sustentar a sua cabeça ou o tronco. Sabemos que enxerga, porque ela observa tudo, mas tem dificuldades para deglutir. Ela nasceu prematura e em conseqüência disso, tem algum problema neurológico, mas não é tão grave. Com o estímulo adequado ela vai aprender a sentar, comer, e possivelmente até possa andar um dia, quem sabe?

Contudo, isso dificilmente vai acontecer se ela ficar com a família. A família não liga para ela. Ela é a única entre as 60 crianças do hospital que não tem acompanhante. Fica sozinha. A mãe aparece uma vez por semana por 15 minutos e vai embora. Não quer saber dela.

Ela tem 2 irmãos mais velhos e 1 mais novo, de 3 meses. Todos são normais, por isso ela acabou ficando como o encargo da família. É uma criança muito carente de carinho e companhia. Quando estamos tratando ela se acalma, mas se nos afastamos, ela chora muito, a noite inteira.

Hoje, eu não tenho condições de ajudá-la. Pago a minha faculdade sozinha e também vendi tudo o que tinha para fazer um estágio nos EUA. Ele será importante para quando eu voltar eu arrumar um emprego.

A minha vontade era a de assumi-la, mas não posso. O que posso fazer é dar a ela o maior carinho possível durante a terapia e tentar manter contato com a família. Quem sabe daqui um ano eu possa efetivamente ajudá-los?




Esta garota de 24 anos está pensando em fazer a diferença na vida de alguém. Ray Charles foi um deficiente visual que ficou famoso em todo o mundo. Ele ficou cego aos 7 anos de idade e órfão aos 15. Não sei quem foi que fez a diferença na vida daquela criança que aprendeu a ler partituras em Braile, mas certamente houve alguém. E você, que diferença pretende fazer?


Laços de Ternura: Pesquisas e Histórias de Adoção
LIDIA NATALIA DOBRIANSKYJ WEBER

No Brasil existe uma grande quantidade de crianças sem família e muita gente interessada em realizar uma adoção. Apesar disso, até agora não existia uma publicação que realmente situasse o leitor neste tema o livro contribui firmemente para a superação desta carência de informações sobre a adoção. Assim sendo, a sua leitura é imprescindível para todos aqueles que, de uma forma ou de outra, estejam envolvidos com a adoção de uma criança: pessoas que pretendem adotar, pais adotivos, irmãos adotivos, pessoas que foram adotadas, pessoas preocupadas com o problema das crianças ,sem famílias, pessoas que trabalham em instituições de adoção, legisladores, magistrados, etc.

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