22/01/2010

Quem faz a diferenca

O que passa pela cabeça de uma jovem de 24 anos? Bem, talvez a primeira coisa que a gente pense é que ela está preocupada só com seus estudos, com namoro, esportes ou coisas assim, né? Mas tem muitas meninas e meninos por aí que vão um pouco além. Muito além.
wink

É o caso de alguém que deixou um comentário em meu blog. Ela é estudante, tem 24 anos e está terminando o curso de fisioterapia. Sabe com o que ela está preocupada? Sim, com sua profissão, com sua carreira, com tudo o que uma jovem assim se preocuparia, mas também está querendo fazer uma diferença ajudando quem precisa ser ajudado. Veja o que ela escreveu:



Trabalho em um hospital pediátrico onde há um bebê de 1 ano e 7 meses – chamamos bebê por que ela é muito pequenininha. Ela foi internada por causa de uma pneumonia e ficou na UTI um tempão, onde eu a conheci. Chegou ao hospital anêmica, desidratada, desnutrida, super mal, sem cuidado.

Apesar de sua idade, ela não consegue sustentar a sua cabeça ou o tronco. Sabemos que enxerga, porque ela observa tudo, mas tem dificuldades para deglutir. Ela nasceu prematura e em conseqüência disso, tem algum problema neurológico, mas não é tão grave. Com o estímulo adequado ela vai aprender a sentar, comer, e possivelmente até possa andar um dia, quem sabe?

Contudo, isso dificilmente vai acontecer se ela ficar com a família. A família não liga para ela. Ela é a única entre as 60 crianças do hospital que não tem acompanhante. Fica sozinha. A mãe aparece uma vez por semana por 15 minutos e vai embora. Não quer saber dela.

Ela tem 2 irmãos mais velhos e 1 mais novo, de 3 meses. Todos são normais, por isso ela acabou ficando como o encargo da família. É uma criança muito carente de carinho e companhia. Quando estamos tratando ela se acalma, mas se nos afastamos, ela chora muito, a noite inteira.

Hoje, eu não tenho condições de ajudá-la. Pago a minha faculdade sozinha e também vendi tudo o que tinha para fazer um estágio nos EUA. Ele será importante para quando eu voltar eu arrumar um emprego.

A minha vontade era a de assumi-la, mas não posso. O que posso fazer é dar a ela o maior carinho possível durante a terapia e tentar manter contato com a família. Quem sabe daqui um ano eu possa efetivamente ajudá-los?




Esta garota de 24 anos está pensando em fazer a diferença na vida de alguém. Ray Charles foi um deficiente visual que ficou famoso em todo o mundo. Ele ficou cego aos 7 anos de idade e órfão aos 15. Não sei quem foi que fez a diferença na vida daquela criança que aprendeu a ler partituras em Braile, mas certamente houve alguém. E você, que diferença pretende fazer?


Laços de Ternura: Pesquisas e Histórias de Adoção
LIDIA NATALIA DOBRIANSKYJ WEBER

No Brasil existe uma grande quantidade de crianças sem família e muita gente interessada em realizar uma adoção. Apesar disso, até agora não existia uma publicação que realmente situasse o leitor neste tema o livro contribui firmemente para a superação desta carência de informações sobre a adoção. Assim sendo, a sua leitura é imprescindível para todos aqueles que, de uma forma ou de outra, estejam envolvidos com a adoção de uma criança: pessoas que pretendem adotar, pais adotivos, irmãos adotivos, pessoas que foram adotadas, pessoas preocupadas com o problema das crianças ,sem famílias, pessoas que trabalham em instituições de adoção, legisladores, magistrados, etc.

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