07/09/2016

E se meu pai tivesse nascido deficiente?

Nos tempos de faculdade meu pai desenhava retratos com grafite, e outro dia ele encontrou um ex-colega da república onde morava que disse ter emoldurado na sala o retrato de sua namorada na época, hoje esposa. Nem meu pai se lembrava mais de ter feito aquele e ele nem mesmo guardou algum dos retratos que fez. Nunca mais desenhou e acabou transferindo suas ideias para os textos. Mas para meu pai era fácil desenhar (embora ele não fosse tão bom nisso, mas só aqui entre nós, ok?) porque ele nasceu com cabeça, corpo e membros do jeito que devem ser. Mas e se ele tivesse nascido... sem o antebraço?!

Bem, aí ele talvez entrasse para o imenso clube de pessoas que acham que a vida é uma desgraça porque lhes falta algo. Ele não poderia fazer uma porção de coisas que pessoas com um corpo "normal" conseguem fazer. Talvez nem emprego iria conseguir, porque com a descoberta de sua deficiência ele cairia naquela miséria e depressão de muitos que se acham vítima em toda e qualquer situação. Talvez virasse mendigo, se contentando a ser sustentado pela beneficência, e usaria sua deficiência como muleta e desculpa para viver como mero figurante da paisagem. Sua história de vida não seria como a história de Charles Michael Laveso. Mas quem é Charles Michael? Fico feliz que você tenha perguntado, porque ele é um renomado artista e professor de desenho. Vou deixar que ele próprio conte sua história:

Sou um apaixonado pelo desenho realista e desde 1994 me dedico a cada dia ao aprendizado desta técnica, venho presenciando resultados e reconhecimentos por esses anos de estudos. O desenho para mim foi uma forma de me sentir completo, pois nasci sem o antebraço direito e como toda criança, me perguntava; por que comigo? Desenhar me ajudava a esquecer os fantasmas que rodeavam minha infância. No entanto, desde muito pequeno já gostava de me expressar por meio dos desenhos, no início eram trabalhos mais simples, cartoons, personagens, super heróis, etc...

Mas em 1994, ao conhecer de perto um retrato feito à lápis de grafite, não tive dúvidas acerca do que eu queria. Me dedicava dia e noite a fim de entender as técnicas, os materiais e cada detalhe para aperfeiçoar meus desenhos. Por mais de 4 anos desenhei nas ruas e praças da cidade de Campinas, interior de São Paulo. Pegava encomendas de retratos diariamente e de certa forma isso tornava meu trabalho reconhecido. Paralelamente, participava de exposições em salões de arte, obtive diversas premiações e lugares de destaque nas categorias de desenho.
(.....)

Ok, agora sugiro que visite o Facebook e o site dele para continuar a leitura, conhecer seus desenhos e se inscrever no curso que ele oferece.

http://charlesdesenhosrealistas.com.br/curso/
www.facebook.com/CharlesDesenhos/








Um comentário:

Eci Meira disse...

Pronto! Não consigo mais parar de ler. Um textos maravilhosos! Com um único objetivo. Para a Honra e Gloria de Deus!

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