Você já deve ter ouvido falar nas paraolimpíadas, que muita gente acha até mais significativas do que as próprias olimpíadas. É que ali sempre é quebrado o maior dos recordes: a superação de obstáculos que são muito mais visíveis e próximos de nós em nosso dia-a-dia.
Meu pai costuma dizer que quando vê um atleta olímpico, com todos os seus membros no lugar, bater um recorde de velocidade, não sente que aquilo seja para ele. Afinal, meu pai nunca vai precisar correr tanto assim – pode usar carros e aviões – para viver e trabalhar.
Mas quando ele vê alguém que corre sem as pernas, que nada sem os braços, que salta obstáculos sem a visão ou que faz tudo isso sem todos os neurônios funcionando, então está olhando para alguém que é o que ele será amanhã.
Meu pai sabe que, com a idade, o corpo vai perdendo suas funções e ele vai ter que ir aprendendo a conviver com isso. Um dia a audição vai embora, os olhos já não discernem as letras do livro, as pernas falham nas escadas. Chegará a hora em que ele terá que competir na vida, como todo paraolímpico já faz servindo de exemplo para todos nós.
LEMBRA-TE também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento;
Antes que se escureçam o sol, e a luz, e a lua, e as estrelas, e tornem a vir as nuvens depois da chuva;
No dia em que tremerem os guardas da casa, e se encurvarem os homens fortes, e cessarem os moedores, por já serem poucos, e se escurecerem os que olham pelas janelas;
E as portas da rua se fecharem por causa do baixo ruído da moedura, e se levantar à voz das aves, e todas as filhas da música se abaterem.
Como também quando temerem o que é alto, e houver espantos no caminho, e florescer a amendoeira, e o gafanhoto for um peso, e perecer o apetite; porque o homem se vai à sua casa eterna, e os pranteadores andarão rodeando pela praça;
Antes que se rompa o cordão de prata, e se quebre o copo de ouro, e se despedace o cântaro junto à fonte, e se quebre a roda junto ao poço,
E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu. (Eclesiastes 12:1-7)
14/04/2010
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