12/05/2010

Som na cabeca

Foi por um triz. Adoro ouvir música, se deixarem fico o dia todo. Mas não sou tão fanático assim que queira levar alguns quilos de som na cabeça. Foi o que quase aconteceu com essa minha mania de agarrar as coisas.


Já tinha ouvido falar de gente que morreu por causa da radioatividade. Comigo foi quase. De radio-atividade. É que o rádio resolveu ficar ativo no meio da noite e sair do lugar onde estava. Não só um rádio, mas um Quatro-em-Um, daqueles com CD, FM, Toca-Fitas e Toca-Discos, além de duas caixas acústicas.

Como aconteceu? Se leu minha biografia aí na coluna da direita, viu que adoro puxar as cobertas da cama de meu irmão à noite. É meu esporte predileto. Minha cama fica na altura do chão e a cabeceira termina nas pernas de uma escrivaninha, sobre a qual fica – ou melhor, ficava – o Quatro-em-Um.

Meu pai deve ter mudado a posição do fio que ia até a tomada, deixando uma "barriga" ao alcance de minha mão. Passei a mão a esmo, agarreio o fio e... veio tudo abaixo! O aparelho caiu de um lado, a caixa acústica do outro, e minha cabeça ficou no meio. Intacta.

Enquanto isso acontecia, meu pai estava na sala, cochilando no sofá e acordou com o barulho. Pensou que eram os vizinhos do apartamento de cima que estavam deixando cair coisas. Quando foi dormir, passou pelo meu quarto para ver se estava tudo bem. Estava. Comigo, mas não com o aparelho de som que tocou sua última sinfonia. Acho que, se ligar, entre o "F" e o "M" da FM vai aparecer um "i". FiM.

Nenhum comentário:

Postagens populares