19/07/2010

E se nao existisse dor?

Já pensou que legal? Você poderia cair à vontade, se cortar, fazer qualquer coisa e nem sentiria qualquer dor. Dores de cabeça? Nada disso. Dor de dente? Pode esquecer. Sem dor a vida seria uma maravilha, não é?

Não, não é. A menos que a gente já estivesse morando no céu, onde não haverá dor, enquanto vivermos aqui precisamos sentir dor. Se acha que não, pergunte à mãe de Ashlyn Blocker. Quem é Ashlyn? Uma garotinha de 5 anos que é portadora de deficiência. Qual deficiência? Um problema genético que a impede de sentir dor, frio e calor. O nome é "Congenital Insensitivity to Pain with Anhidrosis", ou CIPA

Sem dor, Ashlyn precisa ser vigiada o tempo todo. Seus pais descobriram o problema quando foram a um médico tentar descobrir por que seu olho estava inchado. O médico descobriu um ferimento na córnea, provavelmente causado por um cisco, e pingou um colírio que deveria ter feito a criança chorar de dor. Ela sorriu.

Quando nasceram os primeiros dentes, Ashlyn vivia com a boquinha ensanguentada. É que ela, sem perceber, mordia os lábios, mastigava a língua ou até dava mordidas violentas no dedinho que levava à boca. Sem dor, ela pode machucar o pé e continuar pisando no lugar sem mancar, piorando as coisas. Alguns pacientes de lepra têm o mesmo problema.

A comida precisa ser esfriada antes e o que estiver muito gelado precisa ser esquentado, ou ela vai comer do jeito que vier, pois não sente frio nem calor. Se derem a ela um copo de leite fervendo, ela vai engolir como se fosse a coisa mais normal do mundo, queimando tudo sem perceber.

A dor é um mecanismo de alerta que trazemos, que mostra que alguma coisa está errada e precisamo nos defender contra ela. Tara Blocker, a mãe de Ashlyn, diz: "A dor existe por alguma razão. Ela avisa seu corpo de que alguma coisa está errada e precisa ser resolvida." Você já tinha pensado nisso?


Deus Sabe que Sofremos
PHILIP YANCEY

Neste livro, você encontrará as mais importantes respostas para esse inquietante problema que diz respeito a todos nós. Com sensibilidade e profundo conhecimento do assunto, o autor trata o tema de maneira clara, informativamente rica e fundamentalmente bíblica, comentando também as conclusões a que chegam os maiores estudiosos do assunto. Um livro de estilo fácil, que responde questões difíceis. O autor trata da dor em diversos ângulos com diversas reações, deixando extravazar suas emoções no fim de cada capítulo. O livro conta o caso de um portador de Hanseníase que teve os pés deformados por usar sapatos que lesavam seus pés. Mesmo percebendo visualmente que os pés estavam sendo lesados, ele se recusava a usar outro tipo de sapato pois, sem a dor, essa percepção não era suficientemente discriminativa para gerar um comportamento de preservação do organismo.

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