14/01/2009

Fauna, flora, cobras e lagartos

Vamos voltar à minha história. Eu estava dizendo que logo que cheguei meus novos pais me levaram a uma médica. O diagnóstico foi subnutrição e uma verdadeira fauna intestinal, onde não faltava uma espécie sequer. Eu sempre fui partidário da conservação da fauna, mas aquela estava comendo o que não dava nem para mim.

Minha dieta nos primeiros quatro anos de vida e depois de desmamado deve ter sido basicamente de farinha de mandioca, água e açúcar. Tomada em copo, já que perdi a capacidade de sugar. Isso eu viria a adquirir depois com a ajuda de fisioterapeutas e fonoaudiólogas. Elas colocavam pasta de chocolate em meu lábio superior e eu precisava fazer ele entrar na boca para comer. Aí fui aprendendo a sugar.

Mas naquele dia a médica não deu nenhum remédio para os milhares de vermes alienígenas que habitavam a espaçonave de meu ventre. Qualquer medicamento ou alimento mais forte teria sido o golpe final para minha saúde já abalada. Se é que aquilo podia ser chamado de saúde!

Foi assim que comecei minha dieta com uma papinha rala de arroz, pois nem mesmo leite a médica queria arriscar, pois ninguém sabia se eu tinha experimentado o gosto disso nos últimos anos. Era melhor prevenir. A papinha até que não era ruim e se eu conseguisse falar, aconselharia papai a adotar uma dieta desse tipo por alguns dias. Ele anda meio barrigudo ultimamente...

Só depois de fortalecido foi que recebi medicamento para minha tosse, embora boa parte dela podia ser causada por verminhos fazendo cócegas em minha garganta. Não acredita? Bem, então você precisava ver a surpresa que deixei em minha fralda quando comecei a tomar um vermífugo. Você assistiu aquele filme Anaconda, que tinha aquela cobra enorme que engolia gente? Pois é. Como eu não sou fraco, nem nada, todo mundo achou que eu tivesse engolido a Anaconda!

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